Matdilou: o personagem com
uma vida interessante
“Eu,
a vó e a boi”, série original do Globoplay, é uma crônica ácida,
inteligente e bastante contemporânea, que surgiu de uma história inusitada
contada por Eduardo Hanzo em seu perfil no Twitter, em 2017. O relato de
inimizade, chegou às mãos de Miguel Falabella, responsável pela redação final
da obra, através de Glória Perez. A série dialoga perfeitamente com o momento político
que estamos vivendo hoje, tendo muito ódio e rancor.
São compostas por duas famílias
afastadas pelas rivalidades de minhas avós: A boi vivida por Vera Holtz, e a
Turandot representada por Arlete Salles.
Eu tive a oportunidade de interpretar “Matdilou”, um menino
de 17 anos bonito, malhado e sarado que é filho do casal Montgomery (Marco
Luque) e Norma (Danielle Winits) (são filhos das minhas avós Yolanda e Turandot).
O único que Matdilou mantém ainda um diálogo é seu tio Marlon (Magno Bandarz),
em que muito se espelha.
Nessa loucura e rancor o jovem começa a namorar Mary Tyler (Stella
Miranda), uma aposentada rica, que apresenta uma diferença de idade enorme,
podendo assim ser considerada uma relação sugar.
Meu irmão mais velho é chamado Roblou (Daniel Rangel), o
narrador da história. Ele tem uma troca com os personagens e o público ao mesmo
tempo, conhecida como quebra da quarta parede.
Completando o elenco: Celeste (Giovana Zotti), Milagros
(Paula Cohen), Seu Rocha (Alessandra Maestrini), Orlando (Otávio Augusto),
Cabello (Edgar Bustama), Demimur (Valentina Bulc), Dimundo (Alexandre Barbalho),
Belize Bangalow (Eliane Rocha), Rondha (Josie Antello), Bruque (Bella Piero),
Rosalvo Lebrão (Cleto Bacic), Sapore (Adriano Tunes). A obra tem direção
artística de Paulo Silvestrini e direção de Mariana Richard.
Para mim,
foi um grande desafio construir esse personagem, pois ao mesmo tempo que ele
apresenta características de independência, narcisistas, malandras, interesseiras
e até mesmo comuns à maioria dos meninos que se relacionam com mulheres mais
velhas, eu procurei não deixar a imagem do mesmo tão estereotipada e caricata, já
que a própria descrição por si só já possui essa análise, eu queria ser
diferente mesmo sendo, em uma visão mais abrangente, igual.
Dessa forma, eu busquei, junto ao trabalho do preparador de
elenco Thiago Picchi, mais singularidade ao papel e fiz com que assim, o
Matdilou se tornasse mais interessante, assim como o próprio título do seu
canal de vídeos remete: “A Vida Interessante das Pessoas”, onde ele conta sobre
histórias das pessoas que fazem parte da trama, através de depoimentos das
mesmas. Outrossim, tive que fazer musculação para ficar mais malhado, para poder
me encaixar totalmente na descrição do papel escrito por Miguel Falabella.
Além dessa parte de construção do
personagem, que foi extremamente importante, foi uma honra e um privilégio
trabalhar com todo o elenco, direção (Paulo e Mari), produção, escritores
(Miguel Falabella, Eduardo Hanzo e colaboradores) e toda a equipe da Rede
Globo, pois eu acabei aprendendo muito como ator e ser humano, criei novos
vínculos de amizades e fui recebido com muito carinho e respeito, coisas que eu
acho muito importantes em qualquer profissão que uma pessoa pretende exercer.
Espero que vocês gostem do resultado final!
Você pode conferir a série completa no
GloboPlay.
Qual será o próximo post? (Sugira nos
comentários)
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